Fantasia

Não uma resenha: Sol e Tormenta - Leigh Bardugo

fevereiro 28, 2015





Não vai ter vídeo-resenha.

Não uma resenha por preguiça de ser tão minuciosa pra falar desse livro lindo e maravilhoso. Esse é o segundo livro de uma trilogia, se você não leu o primeiro (Sombra e Ossos, resenha aqui e aqui) e pretende ler não continue! A menos, é claro, que você não ligue para spoilers sobre o primeiro livro.

Então, devo confessar que depois que meu personagem preferido do primeiro livro não ser bem o que eu pensava que era e sim um cara do mal, confesso que fiquei um pouco desanimada para ler Siege and Storm e por isso adiei a leitura por tanto tempo. Isso e o fato de que sempre achei o Maly (ou Mal, em inglês) um porre de chato e eu sabia que ele ia aparecer muito aqui. Então, com todas essas expectativas baixas imaginem minha surpresa quando o livro se provou tão bom que é melhor que o primeiro.

Não sei se foram minhas baixas expectativas que me fizeram gostar tanto, mas ó, só amor.

Se você leu o primeiro e teve a mesma decepção com o Darkling, te aviso que nem vai sentir falta dele aqui. O porquê você só vai descobrir lendo, hehe.

O que eu realmente gostei na continuação foi a jornada da Alina em busca de "coisas". não vou falar os objetivos dela porque, né, é legal descobrir lendo. Mas essa busca faz com que ela questione muitas coisas sobre ela mesma, sobre quem ela é, se o que ela está fazendo é realmente o que é certo, se seus poderes são realmente para o bem. É muito bom ver tudo isso se formando e meio que explodir no final.

Eu tive uma certa batalha interna sobre se eu gostei ou não da Alina nesse livro. Cheguei à conclusão que as únicas vezes que eu achei ela um porre o Maly estava envolvido. Então, o problema é com o Maly.

A coisa é que eu nunca consegui torcer para os dois. No final de Sombra e Ossos ele diz que "finalmente enxergava" a Alina e em Sol e Tormenta eles são um casal, óbvio. Eu gosto de ver pessoas se apaixonando nos livros e nesses a Alina sempre gostou do Maly e pronto, engole essa leitor. Não gosto disso porque eu não vejo a construção do relacionamento. Maly sacrificou muito pela Alina e ele espera que ela faça o mesmo, mas o que ele pede dela não é certo (por mais que ela queira também). E o que ele faz? Birra. E o que ela faz? Perdoa ele num piscar de olhos. Argh! Pra mim não dá. Foi a única coisa que eu realmente não gostei.

Mas ganhamos Nikolai, que é a alma do livro inteiro, então está tudo bem. Não vou nem falar sobre ele, mas ó, Darkling who?


Resenhas de Livros

Resenha: Cinder (Lunar Chronicles #1) - Marissa Meyer

fevereiro 15, 2015






Livro no Skoob
(a sinopse é um pouco dramática demais, mas ok)
Comprar!
★★★★★

A resenha de hoje é sobre um livrinho que eu li em um dia e ganhou meu coração, Cinder. Comecei a ler sexta-feira (13) e terminei na madrugada de sábado pra domingo. Simplesmente não conseguia colocar de lado e ir dormir.

A história de Cinder é muito simples - uma reformulação da história da Cinderela em tempos modernos, com ciborgues e androides e tudo mais. Tem uma doença assolando o planeta. A Quarta Guerra Mundial aconteceu há 126 anos e uma nova guerra está por vir. Pessoas moram na lua. É um cenário muito legal e intrigante.




E no meio disso tudo nós temos Cinder, que é uma mecânica reconhecida como boa por muita gente. E ela é uma ciborgue - humana, mas com partes robóticas - e trabalha em uma oficina. Todo o dinheiro que ela recebe vai direto para a madrasta dela suas irmãs.

A história não segue o curso de Cinderela precisamente, mas o básico está ali em diferentes formas - madrasta, baile, príncipe, menções a abóboras, os ratinhos amigos da Cinderela. Apesar da base no conto infantil, é tudo novo.





Eu adorei todo o contexto das diferentes histórias paralelas que temos nesse livro. Temos a história de Cinder com sua madrasta, a história da praga e da procura por uma cura, a história dos Lunares (as pessoas que moram na Lua) e sua rainha má, a história do Príncipe Kai.

Todas essas histórias de entrelaçam de uma maneira fluida e tudo se encaixa perfeitamente bem. Nada fica com aquela impressão de que está ali para encher espaço, todos os assuntos foram bem pesados, balanceados e distribuídos pela história.

Os personagens foram ótimos, cada um com seu propósito na história. O jeito que a Marissa descreve seus personagens, sem ficar enfatizando muito as coisas, foi essencial para que eu gostasse deles. Ela te mostra como eles são, sem precisar ficar te contando.




Cinder foi a primeira protagonista feminina em um bom tempo que não me irritou em nada. Ela não teve "distúrbios de personalidade", mas conseguiu crescer durante a história sem se mudar completamente. Príncipe Kai é o primeiro cara bonzinho e charmoso que não é tedioso que eu vejo desde muito tempo também. Eu estava esperando um príncipe mimado e foi uma surpresa agradável ver que ele não era isso, nem a perfeição em pessoa. Ele esta tentando fazer o melhor que pode na posição de príncipe e eu senti simpatia por ele muitas vezes. A madrasta e as irmãs não são simplesmente más - elas também têm uma história. A Rainha Levana dos Lunares é super creepy e, embora ela seja a vilã, não fica uma coisa completamente heróis x vilões. Ela é mais uma vilã política.

Mas o melhor personagem é a Iko, a android que cuida da casa da madrasta da Cinder, cujo chip de personalidade tem um defeito e ela meio que tem "opiniões" demais. Sério, ela é a melhor! Acho que ela é meio que a representação daqueles ratinhos que são amigos da Cinderela.




Só tive um desapontamento com Cinder - na página 44 eu tive minha primeira teoria e que ficou óbvia poucas páginas depois e mais ainda durante a história. Então, na grande revelação final eu já estava "meh, sei disso desde o começo". Mas ok, não fez eu me divertir menos, só que poderia ter sido algo menos clichê e mais bem escondido.

Eu li em inglês e, embora não tenha achado difícil, não recomendo pra quem está começando agora por causa dos termos futurísticos inventados que podem acabar causando confusão.



Recomendadíssimo! 

Life

Eu odeio o verão

fevereiro 01, 2015


No post de ontem eu mencionei que não conseguia gravar com esse calor. Na verdade eu não consigo fazer várias coisas no calor. O calor me deixa desconfortável o que faz com que tudo que eu tenha que fazer se torne uma coisa também desconfortável.

Não consigo gravar vídeos, porque fico suando, não aguento meu cabelo solto, maquiagem nem pensar. Me distraio com o calor e desanimo. 

Não consigo ler, porque não consigo achar uma posição confortável.

Jogar videogames, nem pensar, muita tensão, mais calor.

Escrever se torna uma tortura porque não consigo desviar minha mente do calor.

Fotografar, não, movimento demais, mais calor. Me fotografar então, menos ainda.

Incrivelmente, a única coisa que não me afeta no calor é assistir alguma coisa (vídeos, filmes, seriados, etc.). Então ando assistindo coisas demais e lendo de menos, tsc, tsc, que vergonha pra mim.

Meu negócio é o inverno. Roupas, cobertores, tudo fica mais bonito, mais elegante, mais confortável, mais aconchegante. Nada melhor que ler no frio, enrolada nas cobertas.

Mas calma lá que são só mais dois meses de calor agoniante. Abril começa a esfriar, amém.