ATENÇÃO! Esta resenha contém spoilers de A Pirâmide Vermelha.

Os deuses do Egito Antigo foram libertados, e desde então Carter Kane e sua irmã, Sadie, vivem mergulhados em problemas. Descendentes da Casa da Vida, ordem secreta que remonta à época dos faraós, os dois têm poderes especiais, mas ainda não os dominam por completo – refugiados na Casa do Brooklin, local de aprendizado para novos magos, eles correm contra o tempo. Seu inimigo mais ameaçador, Apófis, está se erguendo, e em poucos dias o mundo terá um final trágico. Para terem alguma chance de derrotar as forças do caos, precisarão da ajuda de Rá, o deus sol. Despertá-lo não será fácil: nenhum mago jamais conseguiu. Carter e Sadie terão de rodar o mundo em busca das três partes do Livro de Rá, para só então começarem a decifrar seus encantamentos. E, é claro, ninguém faz ideia de onde está o deus.

Rick está fantástico em suas narrações como sempre. Tudo de última hora, a história inteira acontece em dias e só descobrimos como as coisas são de verdade no final. Embora possa parecer repetitivo às vezes, Rick sempre consegue me surpreender e acho que é isso que mais me faz gostar das histórias dele. E como ele me surpreendeu no final, caramba.

A história é muito legal. Toda essa busca pelo deus do sol, Rá, tudo que eles passam pra conseguir, o que eles ganham e perdem, foi tudo muito bem construído e emocionante. As características dos principais também ficaram bem marcadas e, apesar de terem amadurecido emocionalmente, ainda continuam os mesmos: Sadie irônica e Carter responsável. O relacionamento dos dois também cresceu e eu gostei de ver os dois tentando conciliar as diferenças em meio a todos os problemas.

Agora Carter e Sadie são professores, tsc, tsc. Foi meu desgosto com a continuação. Uma coisa que tinha achado legal no primeiro livro é que os enormes poderes deles vinham de algum lugar (dos deuses que eles estavam hospedando) o que fazia mais acreditável que dois adolescentes tão novos e que nunca tinham praticado magia pudessem ser tão poderosos mesmo sem treinamento nenhum. Mas agora que eles não hospedam mais ninguém ficou muito estranho imaginá-los como professores. Tudo bem, se passaram meses, eles treinaram, aprenderam a canalizar o poder dos deuses sem hospedá-los, mas daí a professores? 

Gostei muito dos novos personagens, apesar de que alguns eu simplesmente não entendi a "utilidade", como o Felix e seus pinguins. Gostei especialmente do Bes, o deus egípcio da feiura hahaha (é sério). Não gostei do Walt de jeito nenhum e não me perguntem porque. Sadie teve um interesse por ele, talvez seja isso (porque sempre serei Team Anúbis). As coisas ficam mais bonitinhas entre o Carter e Zia também.

Não sou muito boa em falar de continuações. O Trono de Fogo foi bem divertido, mas gostei bem mais de A Pirâmide Vermelha.