Já assistiu? O Espetacular Homem Aranha

outubro 28, 2012


Título Original: The Amazing Spider-Man
Ano: 2012
Elenco: Andrew Garfield, Emma Stone, Martin Sheen, Rhys Ifans, Sally Field, Denis Leary, Chris Zylka, C. Thomas Howell.
Direção: Marc Webber.
Gênero: Ação, Ficção Científica.
Trailer: Legendado.

Peter Parker (Andrew Garfield) é um rapaz tímido e estudioso, que inicou há pouco tempo um namoro com a bela Gwen Stacy (Emma Stone), sua colega de colégio. Ele vive com os tios, May (Sally Field) e Ben (Martin Sheen), desde que foi deixado pelos pais, Richard (Campbell Scott) e Mary (Embeth Davidtz). Certo dia, o jovem encontra uma misteriosa maleta que pertenceu a seu pai. O artefato faz com que visite o laboratório do dr. Curt Connors (Rhys Ifans) na Oscorp. Parker está em busca de respostas sobre o que aconteceu com os pais, só que acaba entrando em rota de colisão com o perigoso alter-ego de Connors, o vilão Lagarto. - AdoroCinema

Eu confesso que sou um pouco cismada quando resolvem fazer um novo filme de um filme já lançado. Geralmente eu não consigo evitar comparações, mas com esse funcionou - porque não tem nada a ver com o filme de 2002 com Tobey Maguire. Nada a ver mesmo. Mas confesso que não gostei muito dessa nova versão. É um filme que está longe de ser ruim, mas muitas coisas me incomodaram profundamente.

Gostaria de já avisar que eu não conheço muito os quadrinhos, então não vou compará-los - assim como também não irei comparar com o outro filme ou com o desenho animado.

O que tem de muito legal, sem spoiler.
O filme trata das origens não só do Homem Aranha, mas do próprio Peter Parker. Vemos ele criança, sendo deixado pelos pais para ficar com os tios e depois desaparecerem. Isso foi muito bom para termos uma visão mais ampla da personalidade de Peter e justifica muitas atitudes que ele tem durante o filme. 

Gostei muito do personagem Homem Aranha (não do Peter Parker, como explicarei abaixo). Ele foi muito legal - super tirado e sarcástico. E as cenas de ação foram fantásticas, focando ao mesmo tempo na inteligência de Peter e na inexperiência inicial dele como lutador - e como balançador de teias. Também gostei de como o filme abordou o fato de Peter ser um menino gênio, a ponto de entender as equações secretas de seu pai e criar seu próprio mecanismo para lançar teias.

O que não desceu redondo, sem spoiler.
Primeiramente, contar a origem do Peter e do Homem Aranha novamente, de uma forma diferente, é sim uma coisa muito legal, mas não quando isso vai até mais da metade do filme. Sim, o filme se arrasta com a vida do Peter e ele só vira o Homem Aranha pra lá da metade.

Os adolescentes de Andrew (Peter) e Emma (Gwen) não me convenceram. Primeiro: idade. Eles são velhos demais para aparentarem estar no Ensino Médio (ele com 28, ela com 23). Segundo: eu não gostei da química entre eles e do modo como eles se aproximaram. Afinal, Peter supostamente deveria ser  o nerd esquisitão (e realmente é) e ela deveria se apaixonar por ele porque ele era fofo. Mas na maior parte do filme eu achei ele muito estranho e bizarro - e nada fofo. Ele não conseguia terminar uma frase, não falava nada com nada, agia como se tivesse um sério problema psicológico. Não consegui pensar nele como um personagem legal.

Vocês irão dizer: ele era revoltado porque seus pais sumiram, tinham segredos, sofria bullying, se sentia culpado pelo tio Ben, sei lá mais o quê. Mas em todo momento que ele aparece ele está revoltado e isso me cansou. Foi desnecessário. Ele é chato demais.

Outra coisa que eu fiquei confusa foi com o Lagarto. Eu não entendi exatamente o que ele fez com a mente legal e ética do "cara que transforma em lagarto". Afinal, aquela mente maligna era do doutor mesmo ou do Lagarto querendo dominar o mundo? Terminei o filme sem saber se o cara era bom e ficou ruim por causa do Lagarto, ou se ele era ruim e o Lagarto só despertou isso, ou se os dois disputavam pelo controle da mente (tipo o Norman Osborn ouvindo vozes no outro filme, comparação mínima).


Homem Aranha legal, mas Peter Parker chato. Muita enrolação e falta de ritmo. Vilão sem personalidade e mal construído.

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1 comments

  1. Não acredito que ninguém postou nada a respeito da tua resenha sobre esse filme do Aranha! Mas vamos lá!!! XD Tirando a tua dúvida (e eu vou te explicar isso em termos do que acontece nas HQs), o Lagarto meio que tem personalidade própria. O lado "humano" é suprimido, e no lugar dele, existe apenas uma criatura querendo manter a própria sobrevivência (sem ter o risco de voltar a ser humano).

    Portanto, o lado "legal" realmente deixa de existir... Apesar que o personagem no filme, já era alguém "ruim" quando ainda humano (e no final do filme, ele acaba tendo uma dor de consciência pelos atos dele no passado).

    Mas no filme mesmo, o cara era um total "bad-ass" (bem manipulador)... Apesar que o interesse em ajudar a humanidade era real (isso tanto no filme como nos quadrinhos). - Por sinal, uma coisa interessante, é que na versão japonesa do Aranha (dos anos 70), o Lagarto era tão mal, tão mal (e bota mal nisso), que - literalmente - acabou matando e devorando a própria mulher e o filho!

    Bom, já nas HQs americanas, a tragetória do personagem é bastante diferente. Ele é mais vítima do que vilão...

    Ah sim, o que tem de bom nesse filme é o seguinte: Lançadores de teia! (Igual nos quadrinhos, pois "teia-orgânica só existia na versão do Homem-Aranha de 2099). - Mas o Peter mesmo sempre usou os lançadores (coisa que eu achei furada não ter existido na trilogia mais antiga).

    A Gwen também foi outro ponto forte (o grande e primeiro amor do Peter), e na outra trilogia, alé dela não morrer, a personagem acabou se tornando apenas uma mera figurante.

    Agora, quanto ao ator, Tobey Maguire foi um melhor aranha (até por realmente ser parecido com o personagem). - E a personalidade do Peter ficou bem mais fiel aos quadrinhos nos filmes mais antigos. - Nesses filmes mais recentes, o Peter Parker não tem comportamento de Peter Parker... Ficou algo que - para quem passou décadas lendo o gibi do Homem-Aranha - foi algo bem nada a ver com nada.

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