Resenha: Ao Meu Ídolo, Com Amor - Mariana Pereira

outubro 12, 2012

Autor:  Mariana Pereira
Ano: 2012
Número de páginas: 311
Gênero: Policial, romance.
Editora: All Print – Publicação Independente
Skoob
A vida do ator Bernardo Monteiro parecia perfeita. Mimado por suas milhões de fãs histéricas, convidado para as melhores festas de São Paulo, dirigindo carros importados, morando numa cobertura duplex em um bairro nobre da cidade, com vista privilegiada e incontáveis funcionários a seu dispor. Tudo o que um jovem de 20 anos podia pedir, ou ao menos imaginar ter. O que ele não esperava, no entando, era encontrar Isabella Corrêa, sua namorada na época, morta em seu apartamento. No ano seguinte, foi a vez de Luiza Martins. Ana Maria Paviani, investigadora de polícia, já tinha desvendado casos que pareciam impossíveis. Mas nada no mundo se comparava às namoradas mortas do ator mais querido pelas adolescentes. Esses assassinatos só não lhe tiravam mais o sono do que a necessidade de contato entre ela e Bernardo. Dizer que não se gostavam era pouco para duas pessoas que não tinham a menor vontade de passar mais de dois segundos no mesmo ambiente. - Resenha menor, retirada do Blog da Mari (espero que não se importe).

Se tem uma coisa difícil nessa vida é resenhar um livro nacional - principalmente quando se trata de uma publicação independente. Sendo assim, fiz esse texto tomando muito cuidado.

Logo quando comecei a ler, percebi que seria uma leitura fácil. A narrativa solta e descontraída de Ana Maria me fez terminar o livro em - pasmem - um dia. O que me deixou mais animada ainda é o fato de me soltar um pouco da história massiva de A Guerra dos Tronos e mergulhar em algo mais cotidiano - mesmo que isso inclua alguns assassinatos no meio do caminho.

Eu me identifiquei muito com a Ana Maria. Ela é mandona e algumas vezes chata, mas tem um bom coração. Achei que a Mari conseguiu fazer uma protagonista muito verossímil e fácil de se identificar. Apesar de preferir a Ana do começo, adorei o modo como ela mudou no decorrer da história.

Os personagens secundários não ficam para trás. Ian, a Agatha, o cão Bernese Bublé que tanto me fez lembrar da minha relação com meu cãozinho... Adorei. Mas não consegui gostar do Bernardo. A grande mudança de personalidade dele não me convenceu e ele é... bonzinho demais do meio para o final.

A relação entre os personagens foi maravilhosa, principalmente a amizade de Ana e Ian. Foi o que mais me impulsionou a ler o livro o dia todo. Me senti como se a autora tivesse invadido meu cérebro e pegado todas as cenas que eu tanto fantasiei com meus próprios personagens de uma história que nunca foi posta no papel e tivesse colocado tudo ali para me fazer sorrir - ok, talvez não tanto, mas algo parecido.

Uma coisa que me incomodou é a forma como os personagens foram descritos. Todos eles são bonitos, sarados, em forma. Até mesmo o estereotipado nerd magrelo de aparelho foi para o Havaí e conseguiu ficar bonitão - e inteligente, conseguindo até invadir sites do governo. E me incomoda um pouco também que todos tenham essa obsessão pela Ana

Várias temporadas de Chuck (seriado sobre espionagem) me fizeram encontrar alguns furos na história e algumas coisas não me convenceram, como o fato de o governo permitir que o Exército Brasileiro protegesse um ator - até mesmo Chuck que tinha segredos da CIA no seu cérebro tinha apenas dois guarda costas - e alguém que nada tem a ver com a polícia simplesmente ter acesso às informações confidenciais de um caso secreto simplesmente por ser um amigo da investigadora. Achei que faltou mais suspeitos convincentes, pois o livro inteiro eu tive quase certeza de quem era o assassino - e acabei acertando. Mas, são coisas irrelevantes que não comprometem tanto a história.

Eu realmente gostei. Me fez relaxar, me diverti, me assustei, torci pelo casal errado (que não ficou junto, mas tudo bem, já estava esperando). Acho que li esse livro no momento certo, uma pausa no tipo de leitura que eu estava fazendo ultimamente.

Alguns problemas seriam facilmente corrigidos por uma editora, como a Mari do Blog da Mari disse.

Curiosidades (bizarras) minhas durante a leitura:
- Não consegui deixar de imaginar o Bernardo como o Fiuk HAHA. Quando li "ator chato, metido, grosso, de nariz em pé" ele foi o primeiro que me veio à cabeça.
- Taís, amiga da autora, foi a minha inspiração para Agatha, não me perguntem porquê.


RECOMENDO
Algumas das coisinhas na trama que me incomodaram estavam muito presentes, principalmente do meio para o final.
Excelente estréia da Mariana Pereira.


Já perceberam o grande número de Marianas nesse ramo? Eu, a Mari autora do livro, a Mari do Blog da Mari, a Mariana Gastal do YouTube. Ufa! Alguém mais?

You Might Also Like

4 comments

  1. Adorei a resenha, mas acho que nao leria a história! :x

    Pareceu até interessante, mas vendo sua opniao a imagem que me foi passada é que o livro é meio doido, sabe? De um mistério brazuca passar a ter exército e CIA no meio sao de ficar ''DAFUQ'? Sabe?

    E o nome do cachorro ''Bublé'' foi em homenagem ao Michael Bublé? hahaha

    SÓ pode!!!

    Beeeijos! :)

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Eu não disse que a CIA aparece, apenas fiz uma comparação com o seriado americano Chuck que tem a CIA envolvido. O exército só aparece no finalzinho para proteção extra (não gostei disso, achei exagerado, por isso fiz a comparação com Chuck).

      O livro não é doido, na verdade a história é realmente muito boa, principalmente pra quem gosta de romance.

      Excluir
    2. Foi em homenagem ao Michael mesmo! HAHAHAHAHA Eu sonho com o dia que terei um Bernese e o chamarei de Bublé. Já tenho um Shih Tzu, que ganhou o nome de Jacob em homenagem ao Jacob Black, personagem do Taylor Lautner em Crepúsculo.

      Não tem CIA não. Nem sei como eles funcionam! o.O Mas ah... dá uma chance, vai? ;)

      Excluir
    3. Pessoas distorcendo o que eu falo, viu Mari? Tsc, tsc..

      Ah, meu yorkie se chama Luke por causa do Luke nos livros de Percy Jackson e os Olimpianos *--* O Bernese é mesmo um cão lindo, ne?

      Beijo!

      Excluir